quinta-feira, 3 de março de 2011

Kadafi, Gaddafi e o Gassabi...

“Nome de ditador líbio pode ser escrito de dezenas de formas”, eis o título de uma pequena reportagem da Folha.com na última quinta-feira. O texto citava um levantamento da rede americana de televisão ABC, segundo o qual circulam pelo mundo 112 maneiras de escrever o nome do coronel Muamar Kadafi. Soou como uma justificativa da grafia adotada pela “Folha de S.Paulo”, que deixa o jornal na contramão da maior parte da imprensa brasileira: Gaddafi. Uma opção que no mesmo dia era motivo de gozação no site gaiato “The Piauí Herald”: “Folha chamará prefeito (de São Paulo) de Gassabi”.
A piada é boa, mas a transliteração – transposição de palavras de um alfabeto a outro – nunca foi uma questão simples. A ideia é reproduzir em outro sistema alfabético os sons da língua original, mas isso inclui inúmeras variáveis, inclusive o perfil fonético do idioma receptor (o que faz com que uma transliteração do chinês para o inglês, por exemplo, soe canhestra em português ou espanhol), para não mencionar as formas sancionadas pela tradição.

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